terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Dias 28 e 29 de Agosto - Córsega e Sardenha - ÍtacAventura

O dia 28 iniciou-se com a partida de Barcelona para Madrid, o que nos desmoraliza sempre um pouco, dada a monotonia da paisagem quando comparada com os locais deslumbrantes de onde vínhamos. Toledo costuma ser uma paragem habitual quando passamos por estas bandas. Aliás, costumamos visitar a cidade e ficar no mesmo parque de campismo como ponto de apoio para evitar Madrid. Todavia, desta vez arriscámos meter as motos para dentro da capital espanhola. Pena não ter sido com o tempo necessário para ver como merece ser vista esta fantástica capital europeia.

Entrámos na cidade e fomos direitos à Gran Via, onde se situava o hostel que nos iria acolher durante aquela noite. De caminho, passámos vários edifícios que tornam Madrid uma cidade verdadeiramente monumental. Apesar de não termos podido visitar os museus, os mercados, acabámos por ainda poder visitar a baixa comercial e experimentar um restaurante de tapas com umas cañas.

Dormimos e repusemos as energias, deixando as motos a descansar numa garagem do outro lado da Gran Via, mas perto do hostel. No dia seguinte, tanto porque nos apetecia ainda fazer uma volta pela baixa como pelo facto de estar um calor insuportável, decidimos arrancar só após as 14.00. Isso faria com que partíssemos de facto sob grande calor, mas que apenas rolássemos sobre calor intenso durante cerca de 3 horas até chegar a Setúbal.

Por isso, enquanto a Vera e a Diana foram dar uma volta por umas lojas para comprar os recuerdos, eu o João Oliveira e o João Marreiros ficámos numa esplanada à sombra, arranjando o almoço e tomando um café. Pouco depois das duas da tarde, buscámos uma bomba de combustível e tomámos o caminho rumo a Portugal. Ainda ali nos desencontrámos à saída de Madrid para nos tornarmos a encontrar apenas mais adiante numa estação de serviço.

Os dias passaram a correr. As curvas deixadas para trás ficaram felizmente registadas para sempre nas nossas vidas e na máquina fotográfica da Vera. Aprendemos sempre que viajamos. Aprendemos lugares, caminhos, gastronomia, sabores e odores, mas também amigos com quem convivemos praticamente a tempo inteiro. O silêncio das centenas de quilómetros a fio é quebrado para uma pequena discussão, por vezes, para um copo de cerveja com gargalhadas, por outras. E isso faz parte.
A boa disposição não se exige sempre quando estamos entre amigos, mas quando surge é a melhor de todas disposições.

Regressamos ao lugar de sempre: a taifa, na nossa cidade, um bar de amigos. Cansados, de milhares de quilómetros feitos, de tempo sem conta em cima do banco das motos, de música já repetitiva nos auscultadores, mas de sorriso de intacta satisfação. Deixámos o João O. no lugar onde nos tínhamos encontrado para partir, perto de Évora. Ele chegou bem a casa. E nós também.


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